sábado, 25 de setembro de 2010

A segunda noite do 9º Festival de Cururu e Siriri de Mato Grosso


É com muita alegria que a programação do 9° Festival de Cururu e Siriri de Mato Grosso teve continuidade. Na segunda noite do Festival, um grupo de Cururu do pólo de Tangará, dos municípios de Nova Mutum, Diamantino, Jangada e Nobres, e mais dez grupos de Siriri garantiram a beleza da festa que reúne as principais manifestações da cultura matogrossense. Quem passa pela arena do Parque de Exposição da Acrimat além de participar da maior festa da cultura popular do Estado pode aproveitar para conferir a feira de artesanato e gastronomia regional. A entrada é franca e o evento se estende até o próximo domingo, 26.

Cerca de 20 cururueiros apresentaram em roda uma das danças mais tradicionais do Estado. Com suas violas-de-cocho, ganzás e tamborins, os mestres mostraram toda sua habilidade para esta dança praticamente somente por homens. O cururueiro Sebastião Vieira, 51, do município de Jangada, conta que o Cururu é uma tradição familiar. “Aprendi a tocar viola e ganzá quando tinha 14 anos vendo meu pai, meu avô e meus tios tocando. Quando eu era criança, sempre acompanhava meu pai nas festas. Hoje ele é falecido, mas continuo a tradição e toco junto com meu tio”.


Homenageando Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, uma oração marcou o início da apresentação do grupo da melhor idade de Leverger, do município de Santo Antonio de Leverger. Nas canções, um apelo para a preservação do meio ambiente. “Combater as queimadas para nossa proteção. Crianças e idosos sofrem com a poluição”, dizia a letra. Também trabalhando a questão do meio ambiente, o grupo Patucha, de Chapada dos Guimarães, trouxe para a arena alguns elementos como da natureza como paisagens de cachoeiras, e alguns animais como onça, arara, garça, entre outros.
Em seguida foi a vez do grupo Nhana Santa, de Várzea Grande, fazer a arena da Acrimat vibrar com as figuras lendárias do boi baguá e cabeça de apá. Com apenas seis meses de formação, o grupo Garça Pantaneira, de Santo Antonio de Leverger, não deixou a desejar. Trouxe para a arena a ema, o boi a serra e a garça como elementos de sua história.

Com as cores vermelho e branco, o grupo Renovação de Varginha, também de Santo Antonio de Leverger, prestou homenagem ao Senhor Bom Jesus, padroeira da comunidade de Varginha. Esta é a oitava vez que o grupo participa do Festival de Cururu e Siriri. A coordenadora do grupo, Iraci Soares, comenta a importância do festival. “É uma emoção tão grande participar do festival, poder mostrar a nossa cultura. Aqui na Acrimat a estrutura é muito boa porque tem mais espaço e conforto”, afirma.

Com alegria que contagiou o público presente, o grupo Esperança homenageou São Sabastião, protetor da cidade. O grupo que veio do município de Nobres tem torcida cativa: Sabastina Lemes. A costureira de 64 anos conta que todo ano vem para ver o Festival e em especial esse grupo. “Nasci em Nobres, mas moro em Cuiabá há mais de 30 anos. Sempre acompanho o Festival, acho muito bonito e importante prestigiar a nossa cultura. A organização do evento está de parabéns, a estrutura é muito boa e isso é um incentivo para os grupos, que tanto trabalham para se apresentar no Festival”, afirma.

Outra atração que arrancou calorosos aplausos da platéia foi o grupo Raiz de Figueira, de Barra do Bugres. Um grupo de indígenas marcou a apresentação e despertou o olhar curioso do público. Vindos de Tangará de Serra, o grupo Pássaros de Tangará levou um colorido todo envolvente para a arena. O boi a serra e o minhocão são alguns dos elementos utilizados para contar a história tanto no siriri quanto no teatro. Outra atração da noite foi o grupo Tradição, de Cáceres, que também utiliza a imagem do minhocão. Raizes Cuiabana, de Cuiabá, marcou o encerramento dessa noite. Apesar do horário avançado, os integrantes apresentaram o siriri com animação e emoção que motivou e cativou o público que ainda estava na arena.  
E a festa não pára. Ainda tem muitos grupos para passar pela arena da Acrimat até o próximo domingo (26.09). Lembrando que a entrada é gratuita. Venha participar da maior festa da cultura popular do nosso estado.

Ariane Laura - Assessoria do Festival

Venha participar de mais um dia de Festa


Uma viagem pela cultura matogrossense. Esta frase define muito bem o 9º Festival do Cururu e Siriri do Mato Grosso realizado na arena da acrimat em Cuiabá. Os organizadores pensaram em tudo. Já na entrada um portal mostra para o visitante que ele esta entrando num mundo onde a arte de nosso povo e a religiosidade dão o tom da festa que este ano tem o tema “Fé e Alegria”. Pavilhões com exposições de artesanato e uma praça de alimentação levam as pessoas a um passeio pela história, afinal todos os elementos que fazem perte da raiz de nosso povo estão ali, reunidos num único local. Mas é mesmo na arena da acrimat transformada na arena do cururu e do siriri que o público tem se encantado com as apresentações de grupos que mantem viva esta tradição. Foi montada uma estrutura de arquibancadas para receber dez mil pessoas. Banheiros químicos, segurança, tudo devidamente organizado para atender a necessidade daqueles que estão acompanhando o festival que nesta nona edição se consolida de vez como o maior evento da cultura matogrossense. 15 municipios e 37 grupos estão participando do evento.


A Federação de Cururu e Siriri dividiu o estado em cinco pólos. Hoje será a vez dos grupos do pólo de Cuiabá fazerem a festa. 11 apresentações estão previstas entre elas a do Grupo PASSO MIUDINHO, que nasceu no Quintal Artístico em Várzea Grande, abre a noite de apresentações. Logo depois será a vez do Grupo RENASCER DO VALO VERDE de Santo Antonio do Leverger. O grupo vai levar para a arena as figuras lendárias mãe do morro, o tuiuiú, o boi bumbá e a garça. O Grupo VIOLA DE COCHO um dos fundadores do Festival se apresenta na sequenciao trazendo a figura lendária do Boi a Serra, é um dos grupos mais antigos de Mato Grosso. O Grupo FLOR DO CAMPO também de Cuiabá se apresenta depois seguido do Grupo CORAÇÃO CUIABANO. De Barão de Melgaço vem o Grupo POR DO SOL DO PANTANAL, um grupo que mescla jovens, adultos e idosos. O Grupo CORAÇÃO TRADIÇÃO FRANCISCANO de Cuiabá esta estreiando no festival e promete fazer bonita na apresentação de hoje. E o médio norte do estado tambem tem Cururu e Siriri e quem vai provar isso é o Grupo PIXÉ
que vai mostras a figura lendaria do Espantalho. O minhocão, a mãe do morro e o boi a serra são as apostas do Grupo UNIDOS DA FRONTEIRA de Santo Antonio do Leverger. O público vai poder acompanhar ainda as apresentações dos Grupos TRADIÇÃO COXIPONÉ e o VOA TUIUIÚ ambos de Cuiabá. Sem duvida mais uma noite de muita festa, musica,  dança e alegria na arena da Acrimat. 

            No domingo ultimo dia do festival as apresentações ficam a cargo do polo Santo Antonio. Serão oito apresentações começando pelo Grupo FOLCLÓRICO RAIZINHA de Cuiabá. De Nossa Senhora do Livramento vem o Grupo CRIANÇA ESPERANÇA que surgiu de uma brincadeira de fundo de quintal em 1992 e que hoje é reconhecido em todo o estado pelo trabalho desenvolvido. Tambem de Nossa Senhora do Livramento vem o Grupo QUILOMBOLA que pertence a uma região de grande valor histórico para Mato Grosso e é o único grupo que mantém o siriri raiz. O Grupo FLOR RIBEIRINHA de Cuiabá vai apresentar uma dança intitulada Cristo no Reino dos Céus é um dos grupos mais tradicionais do estado. De Santo Antonio do Leverger vem o Grupo UNIDOS DA AVENIDA que completou este ano 22 anos de existência e apresenta as  figuras lendárias da ema, a mãe do morro, o boi a serra e o minhocão.
No domingo também de Santo Antonio do Leverger se apresentam ainda os grupos ARARAS PANTANEIRAS e o VITÓRIA RÉGIA DO PANTANAL. O Grupo GRUPO FLOR DO CAMBAMBI de Chapada dos Guimarães fará a última apresentação da noite encerrando o 9º Festival de Cururu e Siriri de Mato Grosso. 

                A abertura do evento acontece sempre as 19 horas com queima de fogos e a tradicional reza. Agentes municipais de trânsito, policia militar e seguranças contratados para o evento estão garantindo toda a tranqüilidade do evento. Para quem for de carro a entrada do estacionamento fica na AV. carmindo de Campos e para quem for de ônibus a SMTU disponibilizou um numero maior de ônibus a partir da meia noite para garantir a volta para casa. Por tudo isso já é possível afirmar que o festival é mesmo um grande sucesso.